El Media Rover

Audiovisualiades, Memória, Interfaces, Arqueologia da Mídia.

Google Search 15 anos –

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Há vários aspectos destas duas falas realizadas na primeira “sala de operações” do Google (vejam o depoimento da agora diretora de marketing que alugou o espaço para os caras pela primeira vez) para pensarmos arqueologicamente a respeito.

Faz um certo tempo que assisti ao vídeo, mas remexendo em anotações a caneta que fiz e encontrei na minha mochila, achei por bem deixar aqui registrado alguns comentários para depois fazer algo com isso (altamente improvável).

Uma das questões que logo me encantou, claro, é ver o pessoal do Google falando “de si” em termos de passado. É engraçado que eles mesmos se mostram relutantes em aceitar isso, “estamos sempre falando do futuro, mas hoje em função da data bla bla bla vamos falar um pouco do passado”. Segue-se então a história romântico-nerd da garota que alugou o espaço para o google começar e agora trabalha pros caras. Temos até o primeiro logo do google como ilustração dessa “fase.”

Segue-se o segundo depoimento de Amit Singhal (VP de Search) cuja fala “15 years later, we´re just getting started” é repleta de uma característica forte da noção de evolução-apriomoramento em relação ao algoritmo de busca e se nota que antes da busca do google existir, apenas nos restava viver na era jurássica (nem na idade das sombras!)

Ainda há um terceiro depoimento (Tamar Yehoshua, VP Search) focado no Google Now (enough about the past, let´s talk about the future). O futuro, inclusive é, ao ver deles, antecipar. Premediation diria Grusin?

Tudo é fascinação, everything is promising.

Enfim, é possível ainda fazer mais afirmações pensando conteúdo e não forma nesse caso (não há nada de relevante em como o vídeo é montado ou produzido, acredito eu, a não ser o fato de que podemos pensar em uma linhagem de audiovisuais de apresentação ou apresentações usadas em palestras de tecnologia que seguem um alinhamento entre Apple e Google).

No entanto, quero resumir meu insight sobre a tensão entre pensar no que faz e fazer sem pensar (Dont make me think!!!) na frase dita por Singhal:

“You should not spend your life searching, you should spend your time living”.

Brilhante papo de vendedor. Você não deve passar sua vida no trânsito, mas se tiver que passar, que seja num Ford. Você não deve usar seguro de vida, mas se tiver que usar, que seja Itaú. Mas nesse caso do Google, há mais aí. Buscar e viver não poderiam ser antagônicos. Incentivar a busca me parece tão mais, uh, relevante, tenso, necessário. Mas quem busca pensa, compara, avança, retroede, coteja, reavalia, descobre, inventa. Certamente por se interessarem mais por buscar do que por “viver”, Google comemora seu trilhardário 15º ano.

Yes I want to spend my whole life searching, digging, excavating. I still havent found what I´m looking for. Maybe I´ll try living through searching. Maybe I´ll try Bing.

 

 

 

 

 

 

 

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