El Media Rover

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Bump e XP – diferentes despedidas

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“Unbeing dead isn’t being alive.”
E.E. Cummings

 

Ao contrário de atletas que têm dificuldade em aceitar (e acertar) a hora de parar (de Michael Jordan a Tulio Maravilha) e ficam indo e vindo para as quadras e gramados até que desaparecem como elefantes que se afastam do grupo, vivemos uma era de avisos categóricos e poucas homenagens quando um software (ou uma versão) se despedem.

 

Essas despedidas também vêm se tornando diferentes. Algumas representam uma situação de fusão ou aquisição, como é o caso do Bump, que permanece um morto-vivo no meu celular. Ele está “instalado” mas vegeta pois já não realiza sua função de transmitir “magicamente” arquivos de um smartphone para outro quando estes se batem. A morte do Bump, ou ainda (para manter a metáfora), sua morte cerebral, foi anunciada por e-mail para seus usuários.

Claro que corri para ver o que estava acontecendo lá no app itself e capturei essa tela.

 

 

Então temos uma espécie de erro 404 também no mundo dos apps. É como a URL que está lá mas o que fazia determinado site “ser”, já não é.

 

Segundo tipo de morte: também anunciada, mas não por motivos de aquisição e mudança de dono. E sim pela necessidade de “evoluir”. Evoluir para fugir da morte. (pesquisar cadáveres e zumbis para também dançar com ela as well). O Windows XP, tido por muitos como uma das versões menos bugadas do legado de Bill Gates e digna dos elogios de tech support como “estável”, agora se despede. Ou melhor, o suporte da Microsoft para ele se vai).  Clássica obsolescência programada, mas ainda assim, uma salva de tiros para uma das versões mais usadas por usuários de PC, mais presente no mundo corporativo (e afins) e, claro, simplesmente por encerrar sua carreira, ainda que a velocidade da pedrinha no lago até chegar no meu computador aqui da sala de pesquisa, rodando seu XP, possa ainda demorar.

Aqui e aqui há bons textos (informativos e bem-humorados) sobre o adeus do XP.

 

 

Mas qual o objetivo de comentar isso? Simples, alguém precisa pensar sobre isso, “guardar” esse tempo, conversar com os mortos-vivos por suas interfaces culturais.

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